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Como Reduzir Afastamentos com Ações Preventivas de Saúde Ocupacional

Atualizado: 11 de set.

O afastamento do trabalho (ou absenteísmo) é a falta do colaborador durante o horário de trabalho por motivos de saúde. Esses afastamentos geram prejuízos diretos e indiretos. A Saúde ocupacional Preventiva torna-se fator estratégico para melhorar a produtividade, controlar gastos e proteger vidas na organização.


Sumário:



1- O que é o Absenteísmo?


Absenteísmo é a ausência de um funcionário no trabalho, seja por falta, atraso ou licença não planejada. O índice de absenteísmo é a métrica que quantifica as faltas dos colaboradores por motivos de saúde e um importante indicador da saúde organizacional e do impacto das condições de trabalho sobre a equipe.


Existem diferentes tipos de absenteísmo:

  • Justificado: quando há atestado médico ou motivo previsto em lei (ex.: licença maternidade, acidente de trabalho).

  • Não justificado: faltas sem aviso ou sem comprovação legal.

  • Legal: previsto em normas trabalhistas, como folgas obrigatórias, férias e licenças previstas em lei.

  • Por doença ocupacional: relacionado a riscos do ambiente de trabalho, como LER/DORT, estresse, depressão, perda auditiva, etc.


A fórmula abaixo é usada para calcular o índice de absenteísmo, considerando apenas as horas ou dias previstos para o trabalho, excluído férias e feriados. É possível calcular tanto o absenteísmo geral, que inclui todos os tipos de ausência, quanto o absenteísmo médico, que considera apenas afastamentos por motivos de saúde, acidentes ou doenças.


cálculo absenteísmo índice afastamentos


O índice ideal de absenteísmo varia conforme o setor e o tipo de atividade, mas, de forma geral, empresas de referência em gestão de pessoas e saúde ocupacional trabalham para manter o indicador abaixo de 3%.


  • Excelente: até 2%

  • Aceitável: de 2% a 3%

  • Alerta: acima de 3%

  • Crítico: acima de 4% ou 5%










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2- Principais causas de afastamentos


Os afastamentos por saúde ocupacional têm diversas causas principais:


  • Doenças osteomusculares (DORT/LER): provocadas por movimentos repetitivos, má postura e sobrecarga física, são responsáveis por grande parte das licenças médicas.


  • Acidentes de trabalho: quedas, cortes, queimaduras e outros incidentes geram afastamentos longos;


  • Doenças ocupacionais: exposição a agentes químicos, biológicos, físicos ou ruído podem causar problemas como intoxicações, dermatites e perda auditiva.



  • Outras causas: condições preexistentes, gestação e cuidados familiares também contribuem, mas podem ser reduzidos com programas preventivos e de qualidade de vida.



3- Como reduzir afastamentos com ações preventivas


Existem algumas ferramentas de prevenção eficientes que, combinadas entre sim, ajudam a reduzir os afastamentos e consequentemente as taxas de absenteísmo, trazendo também vários benefícios para a saúde e segurança dos colaboradores. Entre elas estão:


  • Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) - NR-07


    • Trata-se do conjunto de exames médicos ocupacionais e acompanhamento clínico contínuo dos funcionários. O PCMSO prevê exames admissional, periódico, de retorno, mudança de função e demissional para detectar precocemente alterações de saúde relacionadas ao trabalho.


  • Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) - NR-01


    • O PGR exige levantamento e análise de todos os riscos (físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes) do ambiente laboral. Prevê também a avaliação quantitativa e qualitativa desses agentes e o planejamento de ações de controle.


  • Ginástica laboral e ergonomia


    • Exercícios laborais ou ginástica laboral regulares relaxam grupos musculares sobrecarregados, reduzem dores e melhoram a disposição dos trabalhadores. Programas de ginástica no trabalho diminuem as frequências de dores osteomusculares e contribuem para a melhoria da qualidade de vida, impactando diretamente no absenteísmo


  • Capacitação e treinamentos


    • Programas educativos sobre segurança do trabalho são fundamentais. Treinamentos periódicos e campanhas de conscientização ensinam procedimentos seguros, uso correto de equipamentos e cuidados gerais. Isso reduz comportamentos de risco.


  • Equipamentos de Proteção (EPIs/EPCs) - NR-06


    • Fornecer e fiscalizar o uso correto de EPIs (máscaras, capacetes, luvas, etc.) e EPCs (extintores, proteções de máquinas) é medida básica. Uma supervisão constante garante que todos os colaboradores usem os equipamentos adequados às tarefas, evitando acidentes e danos à saúde.


  • CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) - NR-05


  • Prevista na NR-05, a CIPA é composta por representantes do empregador e dos empregados e tem como objetivo prevenir acidentes e doenças relacionadas ao trabalho. A CIPA colabora ativamente na identificação de riscos no ambiente de trabalho, na sugestão de melhorias e na organização de campanhas internas.


  • Programas de qualidade de vida


  • Iniciativas de bem-estar também influenciam o absenteísmo. Oferecer ginástica, pausas para alongamento, acesso a atividades físicas e apoios como programas de apoio ao empregado (PAE) ou teleatendimento psicológico ajudam a prevenir doenças físicas e emocionais.



4- Conclusão


Reduzir o absenteísmo não é apenas uma questão de cumprir normas legais, mas sim uma estratégia essencial para proteger a saúde dos colaboradores, aumentar a produtividade e diminuir custos relacionados a afastamentos. Ao investir em programas preventivos a empresa cria um ambiente de trabalho mais seguro, saudável e motivador.


Adotar essas ações de forma contínua e integrada contribui para identificar riscos antes que se tornem problemas, reduzir doenças ocupacionais e acidentes, e manter o índice de absenteísmo em níveis ideais.


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